"DIZER ADEUS JAMAIS, O HORIZONTE E UM MISTERIO ,MAIS DE UMA COISA TEMOS CERTEZA, JUNTOS VIVEMOS UM GRANDE COMECO, SO ME ESQUECA QUANDO EU TE ESQUECER POIS SO ASSIM TEREI CERTEZA QUE JAMAIS ME ESQUECERA"
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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
DE VOLTA A MINHA ESCOLA NA TERRA
Muita gente procura o centro espírita em busca de uma conversa direta com os guias espirituais. Talvez acreditem que, se tiverem oportunidade de conversar, chorar suas mágoas e defender suas idéias de autopiedade, os espíritos se mobilizarão para auxiliá-los e destrinchar suas dificuldades com toda a urgência e facilidade. Meu Deus, como muitos amigos(as) estão equivocados! Espírito nenhum resolve problemas de ninguém. Esse definitivamente não é o objetivo nem o papel dos espíritos, meu filho(a). Se porventura você está em busca de uma solução simples e repentina para seus dramas e desafios, saiba que os espíritos desconhecem quimera capaz de cumprir esse intento.
No espiritismo, não se traz o amor de volta; ensina-se a amar mais e valorizar a vida, os sentimentos e as emoções, sem pretender controlar os sentimentos alheios ou transformar o outro em fantoche de nossas emoções desajustadas.
Os espíritos não estão aí para “desmanchar trabalhos” ou feitiçarias; é dever de cada um renovar os próprios pensamentos, procurar auxílio terapêutico para educar as emoções e aprender a viver com maior qualidade.
Até o momento, não encontramos uma varinha mágica ou uma lâmpada maravilhosa com um gênio que possa satisfazer anseios e desejos, resolvendo as questões de meus filhos(as). O máximo que podemos fazer é apontar certos caminhos e incentivar meus filhos(as) a caminhar e desenvolver, seguindo a rota do amor.
Não adianta falar com as entidades e os guias ou procurar o auxílio dos orixás, como muitos acreditam, pois tanto a solução como a gênese de todos os problemas está dentro de você, meu filho. Ao menos no espiritismo, a função dos espíritos é maior do que satisfazer caprichos e necessidades imediatas daqueles que concentram sua visão nas coisas do mundo. Não podemos perder nosso tempo com lamentações intermináveis nem com pranto que não produza renovação. Nosso campo de trabalho é a intimidade do ser humano, e a cientização de sua capacidade de trabalhar e investir no lado bom de todas as coisas. Nada mais. Tem gente por aí se deixando levar pelas aparências de espiritualidade.
A grande multidão ainda não despertou para as verdades espirituais e acha-se com os sentidos embriagados e as crenças arraigadas em formas mesquinhas e irreais de viver a vida espiritual. Persegue soluções que lhe sejam favoráveis, e, em geral, tais soluções dizem respeito a questões emocionais ou materiais que meus filhos(as) não se sentiram capazes de superar. Ah! Como se enganam quanto à realidade do espírito.
O aprendizado da vida é longo, amplo e exige um esforço mental de tais proporções que não torna fácil romper com os velhos hábitos de barganhas espirituais aprendidos com as religiões do passado.
Fazem-se promessas, cumprem-se rituais na esperança de que os espíritos ou Deus concedam-lhes um favor qualquer em troca de seus esforços externos, que presumem sobrepor-se aos valores internos. Pensamentos assim resultam de uma educação religiosa deficiente e advêm de hábitos seculares que perduram nos dias atuais e carecem de uma análise mais profunda. Os indivíduos que agem com base nessas premissas evitam reconhecer sua responsabilidade nos acontecimentos que os atingem e pensam enganar a Deus com seu jeito leviano e irresponsável de tratar as questões espirituais.
Fatalmente se decepcionam ao constatar que aquilo que queriam não se realizou e que as focas sublimes da vida não se dobraram aos seus caprichos pessoais.
Os problemas apresentados pela vida têm endereço certo, e não há como transferi-los para os espíritos resolverem. Se determinada luta ou dificuldade chega até você, compete a você vencê-la. Na sede de se livrar do processo educativo ministrado pela vida, meus filhos(as) esperam que , os espíritos, possam isentá-los de seus desafios. Isso é irreal. Não detem o poder de transferir de endereço a receita de reeducação que vem para cada um. Nenhum espírito minimamente esclarecido poderá prometer esse tipo de coisa sem comprometer o aprendizado individual.
Foram chamados pelo Pai para auxiliar meus filhos(as) apontando o caminho ou a direção mais provável para alcançarem êxito na construção de sua felicidade.Vejam como exemplo a atuação do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. Mesmo matando a sede e a fome de multidões, ele não arranjou emprego para ninguém. Curou e restabeleceu a saúde de muitos que nele acreditaram, mas não libertou ninguém das conseqüências de seus atos e escolhas. Sabendo das dificuldades sociais da época, não tentou resolver questões que somente poderiam ser transpostas com o tempo e o amadurecimento daquele povo. Em momento algum o vimos a prescrever fórmulas para dar fim a desavenças de ordem familiar, socioeconômica nem tampouco emocional, recomendando meios de trazer o marido de volta ou fazer a pessoa amada retornar aos braços de quem deseja. Uma vez que ele é o Senhor de todos os espíritos e não promoveu coisas nesse nível, como podemos nós, seus seguidores, sequer cogitar realizá-las?
O que podemos deduzir das atitudes de Nosso Senhor, meus filhos(as), é que, se ele não se dispôs a realizar tais demandas, que na época certamente existiam, é porque a natureza de seu trabalho era outra. Mesmo debelando os males, prestando o socorro que podia, ele não eximiu a população de enfrentar seus desafios. Quem recebeu o pão voltou a ter fome e inevitavelmente teve de trabalhar para suprir as próprias necessidades; quem foi curado teve de aprender a valorizar a própria vida, pois outras enfermidades viriam mais tarde; quem Jesus ressuscitou dos mortos desencarnou mais adiante. Em suma, o processo de reeducação a que conduzem os embates da vida é tarefa de cada um. Cristo Nosso Senhor apenas indicou a direção, mas cabe a cada seguidor palmilhar o caminho com suas próprias pernas, avançando com passos seguros e resolutos em seu aprendizado.
Através desse raciocínio, meu filho(a), você poderá compreender a razão pela qual não há proveito em recorrer aos espíritos para livrá-lo do sofrimento ou isentá-lo de dificuldades. Esse é o caminho do crescimento na Terra, e não há como fugir às próprias responsabilidades ou transferir o destino das tribulações. A dívida acorda sempre com o devedor, não há como se furtar a essa realidade.
qaundo a saudade chega
Quando perdemos nossos entes queridos e chega a saudade e o sentimento de perda, não podemos fechar nossos olhos para a realidade da imortalidade da alma.
Quantas vezes já não nos encontramos entristecidos nos momentos de saudade? Quantas vezes já não nos questionamos sobre os desígnios da vida, do constante ir e vir das criaturas?
Como espíritos milenares que, a cada reencarnação, buscam o reajuste necessário para as próprias consciências, deparamo-nos com o ciclo de luz concedido pelo infinito amor de Deus, desprendendo-nos das imperfeições que estacionam o espírito em nossa caminhada evolutiva e angariando conhecimentos que nos auxiliam na ascensão espiritual. Somos viajores do tempo, aprendizes do sentimento sublime, buscando compreender a importância e a necessidade da pluralidade das existências, descortinando em nossos corações a certeza de que realmente a vida prossegue, de que os laços mantidos pelo amor jamais serão enfraquecidos pela ausência física, mesmo quando nossos olhos não puderem mais enxergar.
No capítulo IV de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, encontramos maiores esclarecimentos sobre o assunto, de forma clara e objetiva: “Os laços de família não são destruídos pela reencarnação, como pensam certas pessoas. Ao contrário, eles são fortalecidos e se estreitam. É o princípio oposto que os destrói. Os espíritos formam no espaço grupos ou famílias unidos pela afeição, simpatia e semelhança de inclinações. Esses espíritos se procuram, felizes por estarem juntos. A encarnação não os separa senão momentaneamente, porque, depois de sua entrada na erraticidade, se reencontram como amigos no retorno de uma viagem. Com a reencarnação e o progresso que lhe é conseqüência, todos aqueles que se amaram voltam a se encontrar sobre a Terra e no espaço, gravitando juntos para chegarem a Deus. Os que falham no caminho retardam seu adiantamento e sua felicidade, mas não está perdida toda a esperança. Ajudados, encorajados e sustentados por aqueles que os amam, sairão um dia do lamaçal em que estão mergulhados. Com a reencarnação, enfim, há solidariedade perpétua entre os encarnados e os desencarnados, com o estreitamento dos laços afetivos”.
Como podemos perceber, somos espíritos muito amados, movimentando-nos pela oportunidade da vida corporal e extracorporal para nos fortalecermos, para criarmos em nós maiores probabilidades de sucesso encarnatório perante nossas falhas do passado. Em sua essência, o espírito almeja conscientemente a realização de seus comprometimentos, que se dão a cada existência, passando naturalmente pelo estudo do ciclo físico e espiritual que o impulsiona ao entendimento do verdadeiro significado da vida, que é a evolução. O ser encarnado traz consigo potencialidades para o cumprimento de suas tarefas em um tempo estimado, a fim de que tenha condições de desenvolvê-las da melhor forma possível. É através de todo um processo elucidativo adquirido na espiritualidade que se constitui sua preparação para o retorno ao veículo físico.
O Espiritismo, também conhecido como Terceira Revelação é a Doutrina que com os seus postulados veio devolver a transparente clareza do Cristianismo, elucidando os pontos não entendidos dos ensinamentos de Jesus. Mas não é só isso.
Ele também vem ajudar a humanidade a responder às muitas perguntas que gravitam em nossa mente, apontando as soluções para os vários porquês que marcam a existência do Ser na Terra e no Cosmos.
Além de mostrar uma nova ética dentro de princípios antigos, devolvendo a simplicidade na divulgação de verdades universais, a Doutrina Espírita ainda mostra por provas irrefutáveis a continuidade da vida além da sepultura, onde aqueles que partiram vêm dar sua mensagem de esperança, informando que o roteiro terrestre é apenas uma passagem dentro da incessante senda evolutiva.
A crença em Deus, na imortalidade da alma, na reencarnação, na pluralidade dos mundos habitados, na comunicabilidade dos Espíritos, na lei de causa e efeito e nos ensinamentos morais do Rabi da Galiléia, constituem-se nos pilares mestres que formam esse maravilhoso manancial de enriquecimento espiritual, conhecido como Espiritismo.
O centro espírita é o local onde estudamos esses princípios, tentando colocá-los em prática, na certeza de que isso nos levará à conquista da felicidade, servindo também de iluminação e consolo para todos quantos buscam o interior dos seus portais, muitas vezes até como último recurso de socorro ante as provas da vida.
O compromisso do centro espírita com a divulgação e prática dos postulados do Espiritismo reveste-se de fundamental importância ante a gama de princípios dos quais somos depositários, bem como os que trabalham dentro da seara são os responsáveis pela transmissão desses preciosos conhecimentos, devendo preservar sua pureza original, evitando a todo custo enxertar práticas que não guardam nenhum conteúdo doutrinário.
Portanto, evidencia-se que o centro espírita deve preocupar-se única e exclusivamente com o estudo e prática do Espiritismo, pois na Doutrina já existe suficiente bagagem de princípios que dispensam quaisquer outros subsídios que não guardam respaldo com a Codificação.
Assim, sem querer desmerecer nenhuma crença, prática ou terapia, mas dentro da coerência que deve marcar nosso trato com a Doutrina, não faz sentido manter dentro das instituições espíritas processos de atendimento ou tratamento que não possuem nenhuma identificação com o Espiritismo e seus postulados.
Por conseguinte, o centro espírita deve se ocupar do estudo e prática do Espiritismo, com a respectiva assistência aos necessitados sendo feita à luz dos seus postulados, pois se assim não for, correr-se-á o risco de vermos instituições que se denominam espíritas lidando com toda sorte de terapias, “mancias” e “logias”, menos com a própria Doutrina.tristeza ´pertuibadora
Conquanto brilhe o sol da oportunidade feliz, abrindo campo para a ação e para a paz, a sombra teimosa da tristeza envolve-te em injustificável depressão.
Gostarias de arrancar das carnes da alma este espinho cravado que te faz sofrer, e, por não o conseguires, deixas-te abater. Conjecturas a respeito da alegria, do corpo jovem, dos prazeres convidativos, e lamentas não poder fruir tudo quanto anelas. A tristeza, porém, é doença que, agasalhada, piora o quadro de qualquer aflição. A sua sombra densa altera o contorno dos fatos e das coisas, apresentando fantasmas onde existe vida e desencanto no lugar em que está a esperança. Ela responde pela instalação de males sutis que terminam por desequilibrar o organismo físico e a maquinaria emocional. Luta contra a tristeza, reeducando-te mentalmente. Não dês guarida emocional às suas insinuações.
Ninguém é tão ditoso quanto supões ou te fazem crer.
A Terra é o planeta-escola de aprendizes incompletos, inseguros. A cada um falta algo, que não conseguirá conquistar. Resultado do próprio passado espiritual, o homem sente sempre a ausência do que malbaratou. A escassez de agora é conseqüência do desperdício de outrora. A aspiração tormentosa é prova a que todos estão submetidos, a fim de que valorizem melhor aquilo de que dispõem e a outros falta. Lamentas não ter algo que vês noutrem, todavia, alguém ambiciona o que possuis e não dás valor. Resigna-te, pois, e alegra-te com tudo quanto te enriquece a existência neste momento. Aprende a ser grato à vida e àqueles que te envolvem em ternura, saindo da tristeza pertinaz para o portal de luz, avançando pelo rumo novo. Jesus, que é o "Espírito mais perfeito" que veio à Terra, sem qualquer culpa, foi incompreendido, embora amando; traído, apesar de amar, e crucificado, não obstante amasse... Desse modo, sorri e conquista o teu espaço, esquecendo o teu espinho e arrancando aquele que está ferindo o teu próximo.
Oportunamente, descobrirás que, enquanto te esqueceste da própria dor, lenindo a dos outros, superaste-a em ti, conseguindo a plenitude da felicidade, que agora te rareia.
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