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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

OBRIGADO KARDEC



Allan Kardec, o respeitável professor Donizard Rivail, já havia organizado extensa porção das páginas reveladoras que constituem O Livro dos Espíritos.Devotado observador, aliara inteligência e carinho, método e bom senso na formação da primeira obra que lançaria os fundamentos da Doutrina Espírita.Não desconhecia que a sobrevivência da alma era tema empolgante no século. Entretanto, apontamentos e experimentações, em torno do assunto, alinhavam-se desordenados e nebulosos. Os fenômenos do intercâmbio, pareciam ameaçados pela hipertrofia de espetaculosidade.
Saindo de humilde vilarejo da América do Norte, a comunicação com os Espíritos desencarnados atingira os mais cultos ambientes da Europa, originando infrutífero sensacionalismo. Era necessário surgisse alguém com bastante coragem para extrair do labirinto a linha básica da filosofia consoladoras que os fatos consubstanciavam, irrefutáveis e abundantes.
Advertido por amigos da Espiritualidade de que a ele se atribuía, em nome do Senhor, a elevada missão de codificar os princípios espíritas, destinados à mais ampla reforma religiosa, pusera mãos ao trabalho, sem cogitar de sacrifícios. E adotando o sistema de perguntas e respostas, conseguiria vasta colheita de esclarecimento e de luz.
Guardava consigo preciosas anotações acerca da constituição geral do Universo, surpreendente informes sobre a vida de além-túmulo e belas asserções definindo as leis morais que orientam a Humanidade.O material esparso equivalia quase que praticamente ao livro pronto. Contudo, era preciso estabelecer um ponto de partida. O primeiro compêndio do Espiritismo, endereçado ao presente ao futuro, não podia prescindir de sólidos alicerces.E, debruçado sobre a mesa de trabalho, em nevada noite do inverno de 1856, o Codificador interrogava a si mesmo: - Por onde começar? Pelas conclusões científicas ou pelas indagações filosóficas? Seria justo desligar a Doutrina, que vinha consagrar o antigo ensinamento do Cristo, de todo e qualquer apoio da fé, na construção das bases que lhe diziam respeito? O conhecimento humano!... - pensava ele – não se modificava o conhecimento humano todos os dias?... As ilações filosófico-científicas não eram as mesmas em todos os séculos... E valeria escravizar o Espiritismo à exaltação do cérebro, em prejuízo do sentiment Atormentado, via mentalmente os homens de seu tempo e de sua pátria extraviados na sombra do materialismo demolidor...
A grande revolução que pretendera entronizar os direitos do Homem ainda estava presente no ar que ele respirava. Desde 2 de Dezembro de 1851, o governo de Luis Napoleão, que retomava as linhas do Império, permitia prisões em massa, com deliberada perseguição aos elementos de todas as classes sociais que não aplaudissem os planos do poder. Muitos membros da Assembléia haviam sofrido banimento e mais de vinte mil franceses jaziam deportados, muitos deles sem qualquer razão justa. Homens dignos eram enviados a regiões inóspitas, quando não eram confiados, no cárcere, à morte lenta.O pensamento do missionário foi mais longe... Recordou-se de Voltaire e Rousseau, admiráveis condutores da inteligência, mas também precursores da ironia e do terror. Lembrou Condorcet, o filósofo e matemático, envenenando-se para escapar à guilhotina, e Marat, o médico e publicista, assassinado num banho de sangue, quando instigava a matança e a destruição.Valeria a cultura da inteligência, só por si, quando, a par dos bens que espalhava, podia desmandar-se em sarcasmo arrasador e loucura furiosa?Com o respeito que ele consagrava incondicionalmente à Ciência e à Filosofia, Kardec orou com todo o coração, suplicando a inspiração do Alto. Erguia-se-lhe a prece comovente, quando raios de amor lhe envolveram o espírito inquieto e ele ouviu, na acústica da própria alma, vigoroso apelo íntimo: - “Não menosprezes a fé!... Não comeces a obra redentora sem a Bênção Divina!...”


E o Codificador, nimbado de luz, com a emotividade jubilosa de quem por fim encontrara solução o terrível problema, longamente sofrido, consagrou o primeiro capítulo de O Livro dos espíritos à existência de Deus.A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) lançou, no dia 3 de outubro de 2004, um selo em homenagem ao Bicentenário de Nascimento de Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita. Desde que se iniciou o processo de consulta popular para motivos pictóricos de selos, há seis anos, Allan Kardec foi o que recebeu o maior número de propostas: 2352 sugestões foram enviadas aos Correios.O lançamento do selo ocorreu no dia 05 de outubro, às 11h, em uma solenidade no Auditório da Universidade Correios, na Avenida L4- Norte, em Brasília (DF), com a presença do presidente da ECT, João Henrique de Almeida; e da deputada federal Raquel Figueiredo (GO), que intermediou junto ao Governo Federal o pedido da Federação Espírita Brasileira (FEB) para a emissão do selo. Mas o selo em homenagem a Kardec foi disponibilizado para compra nas agências dos Correios de todo o País desde o dia 3 de outubro, data de nascimento do Codificador do Espiritismo.
Originalmente, o selo não estava previsto para ser lançado este ano, mas o Ministério das Comunicações entendeu que a relevância do tema merecia uma inclusão na programação de emissões de 2004.



Salve! Mil vezes, salve, Allan Kardec!Titã de luz, Estrela da verdade!Bendito o vosso nome em toda a parte,Novo pastor da velha humanidade.Reencarnastes na Terra numa hora,Em que já declinava o Cristianismo,E, qual Moisés, trouxestes para os homens Um Pentateuco novo, o Espiritismo.




Viestes nos provar que, após a morte,O Espírito, já livre da matéria, Vida melhor encontrará no Além,Que é dos justos e bons morada etérea.E provastes também que este planeta É uma escola, cadeia e hospital,Onde os homens resgatam suas faltas, Para poderem ter glória imortal!...Da Codificação é bela a obra:“O Evangelho segundo o Espiritismo”E os livros dos “Espíritos” e “Médiuns”São astros a brilhar num fundo abismo!Combatendo a injustiça, a iniquidade, O orgulho, o crime, o ódio e o rancor,Como Jesus, as armas empunhastes Do bem e do perdão, da paz, do amor!Aprendemos convosco o que é “O Céu”E “O Inferno” também! Quanta verdade!...Em vosso livro - “A Gênese – encontramos Lições que dão consolo à humanidade!Saúdo, pois, em vós, o novo Sol De uma bela manhã de Primavera!Vossas lições nos dão fé e esperança,Neste começo de uma nova era!

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